O novo cardápio saudável tem sua cara
Dois respeitados centros médicos do Brasil apresentam sugestões de alimentação equilibrada
O Brasil caminha para virar um dos países mais obesos do mundo. Mais da metade da população adulta no país está acima do peso. Entre as crianças de 5 a 9 anos, o índice chega a 30%. Para evitar que o problema se agrave, o Hospital das Clínicas de São Paulo e o Instituto do Coração (InCor), dois dos principais centros médicos do país, se uniram para desenvolver uma campanha inédita de orientação alimentar. Em vez de traduzir as orientações nutricionais para o dia a dia da população, os pesquisadores fizeram o caminho contrário. Foram pesquisar o que a população come, como mistura os alimentos, de que forma monta seus pratos. A partir daí, adaptaram o gosto popular para compor um cardápio equilibrado. O projeto Meu Prato Saudável e a versão infantil Meu Pratinho Saudável serão lançados no dia 12, em São Paulo, em parceria com a editora médica LatinMed.
A base do programa é propor refeições saudáveis para todo o dia, das principais aos lanches intermediários. O consumo de frutas, verduras e legumes é incentivado. O mesmo não se pode dizer de comidas prontas industrializadas. A variedade à mesa também será estimulada. Que tal trocar feijão por lentilha ou grão-de-bico, um filé de frango por dois ovos cozidos ou agrião com beterraba por pepino com ervilha? Outra mudança importante é a quantidade no prato. Uma refeição deveria ser assim: 4 colheres (sopa) de arroz integral (melhor que o branco), um bife, 4 colheres (sopa) de verdura ou legumes e meia concha de feijão. Mastigar muito (cerca de 20 vezes) é uma das recomendações, assim como fracionar as refeições e tentar comer, sempre, no mesmo horário.
Todos os Hospitais das Clínicas do país participarão. Especialistas em nutrição visitarão áreas públicas, como parques, praias e metrôs, onde abordarão as pessoas para conversar sobre bons hábitos alimentares. Distribuirão uma cartilha e jogos americanos com as imagens dos pratos sugeridos em tamanho real. “Se você diz que prescreve um cardápio e coloca 3 colheres de arroz no almoço, a pessoa acha que é pouco. Quando mostra visualmente isso num prato montado com outros alimentos, o impacto é outro”, afirma Andréa Frank, professora de nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A campanha terá ainda aplicativos gratuitos para tablets e smartphones.
Os pesquisadores buscaram combinações fáceis para quem come fora ou em casa. O cardápio contempla ingredientes regionais e combinações típicas dos brasileiros, como arroz, feijão e macarronada no mesmo prato. Ter uma alimentação saudável não é sinônimo de privação. “Reeducação alimentar ganhou status de sacrifício”, afirma Elisabete Fernandes Almeida, diretora do programa. “A mudança é mais simples do que se imagina.”
Para escolher o que colocar no prato, os pesquisadores mostraram algumas sugestões de cardápio para 800 frequentadores do InCor. Ali, surgiram a complexidade e a diversidade de paladar do brasileiro. O frango, antes feito na chapa, foi assado. Macarronada e arroz entraram na mesma refeição. Ingredientes regionais, como arroz de carreteiro no Sul e tapioca no café da manhã do Nordeste, também foram acrescentados. “O prazer em comer está associado à identificação cultural e social de cada um”, afirma Raul Lody, antropólogo, especialista em alimentação, autor de Brasil bom de boca (Editora Senac). “Se você não dá escolhas, o indivíduo não se sente sensibilizado a participar e abandona a ideia.” Agora, os pesquisadores acompanharão um grupo de 400 voluntários que seguirão o programa. A ambição é que esses voluntários adquiram hábitos alimentares saudáveis até a Copa do Mundo de 2014. Se der certo, a torcida brasileira estará em ótima forma.
Fonte: Revista Época
Todos os Hospitais das Clínicas do país participarão. Especialistas em nutrição visitarão áreas públicas, como parques, praias e metrôs, onde abordarão as pessoas para conversar sobre bons hábitos alimentares. Distribuirão uma cartilha e jogos americanos com as imagens dos pratos sugeridos em tamanho real. “Se você diz que prescreve um cardápio e coloca 3 colheres de arroz no almoço, a pessoa acha que é pouco. Quando mostra visualmente isso num prato montado com outros alimentos, o impacto é outro”, afirma Andréa Frank, professora de nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A campanha terá ainda aplicativos gratuitos para tablets e smartphones.
Os pesquisadores buscaram combinações fáceis para quem come fora ou em casa. O cardápio contempla ingredientes regionais e combinações típicas dos brasileiros, como arroz, feijão e macarronada no mesmo prato. Ter uma alimentação saudável não é sinônimo de privação. “Reeducação alimentar ganhou status de sacrifício”, afirma Elisabete Fernandes Almeida, diretora do programa. “A mudança é mais simples do que se imagina.”
Para escolher o que colocar no prato, os pesquisadores mostraram algumas sugestões de cardápio para 800 frequentadores do InCor. Ali, surgiram a complexidade e a diversidade de paladar do brasileiro. O frango, antes feito na chapa, foi assado. Macarronada e arroz entraram na mesma refeição. Ingredientes regionais, como arroz de carreteiro no Sul e tapioca no café da manhã do Nordeste, também foram acrescentados. “O prazer em comer está associado à identificação cultural e social de cada um”, afirma Raul Lody, antropólogo, especialista em alimentação, autor de Brasil bom de boca (Editora Senac). “Se você não dá escolhas, o indivíduo não se sente sensibilizado a participar e abandona a ideia.” Agora, os pesquisadores acompanharão um grupo de 400 voluntários que seguirão o programa. A ambição é que esses voluntários adquiram hábitos alimentares saudáveis até a Copa do Mundo de 2014. Se der certo, a torcida brasileira estará em ótima forma.
Fonte: Revista Época
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