segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Avanços no DNA permitirão viver até os 150 anos, diz cientista

O professor de Harvard George Church é um dos pioneiros do sequenciamento do genoma humano não para de inovar.

É impossível não se perguntar o que há de extraordinário no DNA do professor de Harvard George Church que o leva a tanta inquietação científica.

Primeiro cientista a sequenciar um código genético humano, o professor crê que as evoluções científicas nesta área ainda podem levar os indivíduos a viver "120, 150 anos".

Cerca de três décadas atrás, Church estava entre a meia dúzia de pesquisadores que sonhavam em sequenciar um genoma humano inteiro – cada A, C, G e T que nos torna únicos.

Seu laboratório foi o primeiro a criar uma máquina para desmembrar esse código, e desde então ele tem se dedicado a melhorá-la.

Uma vez decodificado o primeiro genoma, o professor tem pressionado pela ideia de que é preciso ir adiante e sequenciar o genoma de todas as pessoas.

Críticos apontaram a astronômica cifra que o custo de sequenciar o primeiro DNA alcançou: US$ 3 bilhões. Como resposta, Church construiu outra máquina.

O valor agora é de US$ 5 mil por genoma, e o professor crê que muito em breve esse valor cairá para uma fração, ou décimo ou vigésimo disto – mais ou menos o valor de um exame de sangue.

Ler, escrever, editar
Sequenciar o DNA humano de forma rotineira abrirá uma série de possibilidades, diz George Church. Uma vez que "ler" um genoma se torne um processo corriqueiro, o professor de Harvard quer partir para "editá-lo", "escrever" sobre ele.

Ele vislumbra o dia em que um aparelho implantado no corpo seja capaz de identificar as primeiras mutações que possam levar a um potencial tumor, ou os genes de uma bactéria invasora.

Nesse caso, será possível tratá-los com uma simples pílula de antibiótico destinado a combater o invasor.
Doenças genéticas serão identificadas no nascimento, ou possivelmente até na gestação, e vírus microscópicos, pré-programados, poderão ser enviados para o interior das células comprometidas e corrigir o problema.

Para fins científicos, Church tem defendido a polêmica ideia de disponibilizar sequências de genomas publicamente, para que cientistas tenham oportunidade de estudá-las.

Church já postou na rede a sua própria sequência de DNA, além de outras dez. O objetivo é chegar a 100 mil.

"Sempre houve uma atitude (em relação à genética) de que você nasce com seu 'destino' genético e se acostuma com ele. Agora a atitude é: a genética é, na verdade, um conjunto de transformações ambientais que você pode empreender no seu destino", acredita Church.

Vanguarda
No laboratório de temperatura controlada de Church, uma bandeja se move para frente e para trás agitando amostras da bactéria E. coli.

Em um processo de quatro horas, os cientistas conseguem ativar ou desativar um só par de bases deste DNA, ou regiões inteiras de genes para ver o que acontece.

Existem 2,2 mil genes – de um total de 20 mil – sobre os quais já se conhece suficientemente para ativá-los ou desativá-los.

Durante a epidemia de E. coli na Alemanha neste ano, foram necessários menos de dois dias para sequenciar o genoma inteiro de uma variedade até então desconhecida.

Os dois equipamentos que deram ao laboratório de Church uma posição de vanguarda no campo da biologia sintética são a segunda versão da máquina de engenharia automatizada de genomas multiplex, ou Mage, e o Polonator, um sequenciador de genomas que pode decodificar um bilhão de pares de genes de uma só vez.

"Ele está começando a levar a biologia sintética a uma escala maior", opina o professor da Universidade de Boston James J. Collins, colega de Church no Instituto Wyss de Engenharia Inspirada pela Biologia, em Harvard.

Pé no chão
Entretanto, nem todos compartilham o entusiasmo de Church e sua visão de futuro para os usos e efeitos da biologia sintética.

"É preciso ter a imaginação de George e a sua visão se se quiser fazer progresso. Mas é tolice pensar que ele fará tanto progresso quanto crê", opina o diretor do departamento de Lei, Bioética e Direitos Humanos da Universidade de Boston, George Annas.

Os céticos observam que a humanidade pode até adicionar anos à expectativa de vida dos seres humanos, mas é improvável que a qualidade desta sobrevida aumente tanto.

"Há uma chance estatística de ser atropelado por um caminhão que dificultará chegar aos 150 anos", diz Chad Nussbaum, co-diretor do Programa de Sequenciamento de Genomas e Análises do Instituto Broad de Harvard e do MIT, um instituto do qual Church é associado.

"É maravilhosamente inocente pensar que tudo que precisamos é aprender tudo sobre a genética, e viveremos 150 anos", afirma.

Apesar das ressalvas, Nussbaum afirma que admira a visão do professor Church, assim como sua "genialidade".

"É muito importante pensar grande e tentar fazer coisas malucas", acredita. "Se você não tentar alcançar o impossível, nunca faremos as coisas que são quase impossíveis."


fonte:IG

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

Gargalhar age como analgésico, diz estudo

Liberação de endorfina durante risada pode ter ajudado humanos a se unir socialmente, sugere estudo.


Dar uma boa gargalhada libera substâncias químicas que agem como analgésico natural, reduzindo a dor, indica uma pesquisa da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.

Para testar a hipótese, os pesquisadores mediram as reações de voluntários à dor - por exemplo, colocando uma sacola de gelo sobre o braço para medir quanto tempo eles aguentavam.

Depois, eles foram divididos em dois grupos - o primeiro assistiu a um vídeo de comédia de 15 minutos, e o outro assistiu a uma filmagem que os pesquisadores consideraram entediantes, como programas de golfinhos.

Quando foram novamente submetidos a dor, os que tinham dado gargalhadas foram capazes de suportar até 10% mais dor que antes de rir, indicou a pesquisa.

Já os que assistiram a programas entediantes foram menos capazes de suportar dor que antes de assistir ao filme.

Euforia

O coordenador da pesquisa, professor Robin Dunbar, acredita que uma risada incontrolável libera endorfina, uma substância química que não apenas gera certa euforia como atua como analgésico.

"É o esvaziamento dos pulmões que causa o efeito", disse o pesquisador à BBC.

"É exatamente o que acontece quando alguém diz que riu até doer. Soa como uma experiência bastante dolorosa, e é a dor que produz o efeito da endorfina."

A pesquisa indicou que uma risadinha contida não basta; é preciso uma boa gargalhada para ter o efeito.

Além do quê, nem todos os programas de comedia têm o mesmo resultado. Humor bobo, tais como o de programas como "Mr. Bean", e até mesmo do seriado "Friends", parecem ser mais eficazes.

Já os monólogos de comediantes, no estilo stand-up comedy, não elevaram a tolerância dos voluntários à dor.

"Fico um pouco hesitante de dizer isso, mas tínhamos uma série de vídeos do (bem-sucedido comediante britânico) Michael McIntyre, que achávamos que teria um bom efeito. Mas acho que esse tipo de humor é muito cerebral para gerar grandes gargalhadas", disse Dunbar.

Efeito social

Os pesquisadores não mediram diretamente o nível de endorfina nos voluntários porque isto envolveria a extração de fluidos através de uma longa agulha - um procedimento que provavelmente geraria mau humor entre o grupo e influenciaria os resultados.

Para o professor Dunbar, a pesquisa pode ajudar a explicar o papel do riso no estabelecimento da sociedade humana, dois milhões de anos atrás.

Enquanto todos os primatas são capazes de rir, só os humanos são capazes de gargalhar e, portanto, liberar endorfina através do riso.

A teoria do professor Dunbar é que a endorfina favoreceu a criação de laços sociais entre os indivíduos da espécie.

"Neste estágio, quisemos mostrar que, sim, rir ativa endorfina. O próximo passo será avaliar se dar risadas realmente faz com que grupos fiquem mais próximos, trabalhem em equipe e demonstrem mais generosidade", disse o pesquisador.

Se este for o caso, poderia explicar porque, há 2 milhões de anos, as tribos de humanos uniam até cem pessoas, enquanto a de primatas de grande porte contemporâneos chegavam apenas à metade deste número.


fonte:Estadão

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Leucemia infantil mais perto da cura



A revista “Nature Genetics”, uma das mais importantes publicações da área do mundo, traz no seu último número o trabalho da pesquisadora Priscila Pini Zenatti, do Centro Infantil Boldrini, descrevendo uma mutação que contribui para a ident ficação e a compreensão de um novo mecanismo responsável pela leucemia infantil.

A pesquisa poderá ser usada a curto prazo para o tratamento da doença, que representa cerca de 30% de todas as neoplasias em menores de 15 anos de idade.

O trabalho levou cinco anos e revela que a proteína IL7R defeituosa leva à proliferação descontrolada das células na leucemia linfoide aguda T (LLA-T). Foram estudados 201 pacientes, sendo 68 do Centro Infantil Boldrini.

A pesquisa revelou que cerca de 10% dos pacientes com leucemia linfoide aguda T possuem a mutação IL7R. Coordenado pelos pesquisadores José Andrés Yunes, do Boldrini, e João Barata, do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, o estudo contou com a colaboração do Laboratório Nacional de Luz Síncroton; e outros centros de pesquisas dos EUA e Europa.



fonte: site Band

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