segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quase 25% da população sofre de hipertensão

Entre idosos, índice chega a 63%, segundo dados do Ministério da Saúde. Hábito alimentar e modo de vida são apontados como causas.


Dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde mostram que a hipertensão tem avançado no Brasil – passou de 21,5% da população em 2006 para 24,4% no ano passado. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, no entanto, os números já chegam a 30% em todo o país.

Entre as causas apontadas para esse aumento, além das questões genéticas, estão o baixo consumo de frutas e verduras e o alto consumo de carnes gordas e refrigerantes. Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, um modo de vida cada vez mais sedentário também contribui para esse avanço.

“É difícil trabalhar com questões estruturais, com dinâmicas familiares, com a produção de alimentos, com a construção de uma consciência nova”, avaliou. “Mas é preciso chamar a atenção porque a hipertensão, dentro das doenças crônicas, tem fatores múltiplos como a genética, a falta de atividade física, o sobrepeso e o estresse”, completou.

O governo promete investir R$ 1,5 milhão em cartazes e folders, além de peças veiculadas na televisão e no rádio no combate à doença.

63% dos idosos são hipertensos

A pesquisa divulgada pelo ministério foi feita com 54 mil adultos e mostra que a prevalência da doença, entre 2006 e 2009, aumentou em todas as faixas etárias – sobretudo entre os idosos. Atualmente, 63,2% das pessoas com 65 anos ou mais sofrem do problema. O índice, em 2006, era de 57,8%.

Entre a população até 34 anos, os números não passam de 14%. Já dos 35 aos 44 anos, a taxa é de 20,9%. Dos 45 aos 54 anos, chega a 34,5% e, dos 55 aos 64 anos, totaliza 50,4%.

O estudo mostra ainda que a proporção de hipertensos é maior entre as mulheres – 27,2% contra 21,2% entre os homens. Além disso, mais casos são registrados entre aqueles que têm menor escolaridade. Entre os adultos com oito anos de escolaridade, por exemplo, o índice é de 31,5%, enquanto entre os com nove, dez ou 11 anos de estudo soma 16,8%.

O estudo lançado nesta segunda-feira, Dia Nacional de Combate à Hipertensão, tem como foco a prevenção da hipertensão por meio de escolhas individuais como hábitos alimentares saudáveis e o combate ao sedentarismo e à obesidade. A parceria inclui as sociedades brasileiras de Cardiologia, de Hipertensão e de Nefrologia.

"Inimiga silenciosa"

A hipertensão é uma “inimiga silenciosa da saúde”, já que não apresenta sintomas. A orientação é que as pessoas tenham como hábito aferir a pressão, que deve estar dentro da média de 12 por 8.
A pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial é igual ou superior a 14 por 9.

A doença é causada pelo aumento na contração das paredes das artérias para fazer o sangue circular pelo corpo. O movimento acaba sobrecarregando órgãos como o coração, os rins e o cérebro. Se não for tratada, a hipertensão pode provocar complicações como o entupimento de artérias, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e infartos.


fonte:IG

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