A fila com maior tempo de espera é a do rim, com 31.270 pessoas. Isso, por um motivo claro: as pessoas têm possibilidade de fazer hemodiálise e viver por anos nessa condição. “Pacientes que aguardam por coração, fígado e pulmão não têm a mesma chance. Morrem porque não há uma máquina que substitua a função destes órgãos”, explica Reginaldo Boni, coordenador da Central de Transplantes do Estado e diretor de captação de órgãos da Santa Casa de São Paulo.
O tipo mais comum de doação de órgãos é realizado após a morte encefálica de um paciente. O diagnóstico deste tipo de morte tem início com a abertura de um protocolo – onde são realizados exames clínicos – até no máximo 48h após a constatação.
São duas fases de exames, cujos intervalos dependem da idade do paciente: de sete dias a dois meses incompletos, 48h; de dois meses a um ano, 24h; de um a dois anos, 12h. Acima disso, o intervalo previsto em lei é de seis horas. “Qualquer médico pode realizar o exame, desde que o primeiro seja feito por um e o segundo, por outro”, afirma Marcelo Oliveira, médico do Hospital das Clínicas em São Paulo.
Oliveira afirma que a família do paciente deve ser avisada de que o protocolo foi aberto. Os remédios que podem afetar outros órgãos devem ser suspensos. Ele ressalta que o diagnóstico deve ser urgente já que um pulmão dificilmente é aproveitado depois de 48h e, um coração, após 72h. Além disso, a pessoa pode ter uma parada cardíaca o que inviabiliza toda a doação (menos de tecidos).
Com a confirmação, o hospital aciona diretamente a Central de Transplantes ou uma Organização de Procura de Órgãos (OPO). No Estado de São Paulo, há 10 OPOs, sendo quatro na capital: Hospital das Clínicas, Santa Casa de Misericórdia, Hospital São Paulo e Instituto Dante Pazzanese. As outras estão nas cidades de Marília, Botucatu, São José do Rio Preto, Campinas, Sorocaba e Ribeirão Preto.
A Central verifica quem será o receptor e entra em contato com a equipe transplantadora. É ela quem vai realizar a extração, que pode ser feita no próprio hospital onde está o doador.
Reginaldo Boni afirma que a doação não é “algo democrático” e é preciso que todo o núcleo familiar da vítima esteja de acordo. Pai e mãe devem assinar a autorização no caso de filhos com menos de 18 anos.
Mesmo que a pessoa deixe registrada, por escrito, a sua vontade de doar órgãos quando morrer, se a sua família não autorizar, ela não será realizada.
Segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo, desde 1997, os pacientes podem acompanhar pela internet a situação em que estão na lista de espera.
Doação entre vivos
Pessoas vivas só podem doar parte do fígado, a medula óssea, um dos rins e parte do pulmão. Pela lei, só é possível que essa doação seja para transplante em cônjuge ou parentes de até quarto grau. Em outros casos, é necessária uma autorização judicial, exceto para medula.
Conforme o Ministério da Saúde, qualquer pessoa com idade entre 18 e 55 anos, que não tenha nenhuma doença infecciosa, pode ser doadora de medula óssea. Os interessados devem procurar os hemocentros dos Estados onde moram para coletar uma pequena quantidade de sangue e preencher uma ficha com informações pessoais. Esta amostra de sangue será tipificada e incluída no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), que é um cadastro nacional e, hoje, conta com cerca de um milhão de voluntários cadastrados.


fonte: Lecticia Maggi, repórter do Último Segundo
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