sábado, 4 de julho de 2009

Campeonatos bizarros chegam a render até US$ 20 mil

SÃO PAULO - Em outubro, o estudante de ciências da computação da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Henrique Baliani, de 21 anos, irá a Las Vegas em busca do prêmio de US$ 20.580 oferecido pelo Campeonato Mundial de Monopoly. Talvez você nunca tenha ouvido falar neste nome, mas trata-se de uma versão do Banco Imobiliário, o tradicional jogo de compra e venda de propriedades.



Baliani com "cheque" que lhe deu direito a ir a Las Vegas


Campeonatos inusitado como este têm ganhado cada vez mais espaço entre os brasileiros. Realizado pela primeira vez em 1973, o Campeonato Mundial de Monopoly já está em sua 13º edição, mas essa é a primeira que o Brasil participará.
Baliani desbancou cerca de mil competidores e considera que a familiaridade adquirida desde criança com o Banco Imobiliário o ajudou a se dar bem com o Monopoly. “As regras são bem parecidas, só a maquinação que é um pouco mais rápida. As partidas não passam de 1h20”, explica. Distribuído pela Hasbro, o Monopoly só chegou ao País em outubro de 2008.
Para a final mundial, o estudante tem brincado, ou melhor, treinado, cerca de três vezes por semana entre partidas com os amigos e análises estratégicas. “Tenho bastante esperança que vou ganhar”, afirma.


Campeonato de Avião de Papel

O estudante de engenharia da USP Leonard Ang, de 28 anos, já ganhou. Foi campeão mundial do Campeonato de Avião de Papel, o Red Bull Paper Wings. Entre as regras da disputa, estavam que os competidores tinham que criar suas aeronaves na hora, diante de toda a comissão organizadora e dos demais participantes.
Realizado nos dias 1 e 2 de maio, na Áustria, o campeonato foi dividido em três categorias: tempo de voo, distância e voo acrobático. Ang foi campeão mundial na primeira: seu avião planou por 11,66 segundos. Além da viagem com tudo pago, o estudante ganhou como prêmio um passeio de helicóptero militar pela Áustria.
Ang garante, porém, que durante as seletivas sua marca foi ainda melhor que a alcançada na final. “Consegui 17,7 segundos na qualificação, mas lá (na Áustria) o teto era um pouco baixo, não deu pra ele voar tão alto”, afirma.
"Fazer o avião subir bastante envolve física e energia"
A primeira competição que participou foi em 2006. “Por pura curiosidade”, ele diz. Em 2009, a brincadeira ficou mais séria. “Treinei bastante. Acho que o sucesso do voo é 70% da dobradura e 30% do lançamento”, explica ele, que diz utilizar vários conceitos aprendidos nas aulas de engenharia para fazer o seu avião de papel planar por mais tempo. “Fazer o avião subir bastante envolve física, energia”, faz questão de dizer.




Campeonato Mundial de Cubo Mágico

Outro que viajou para o exterior para participar de campeonatos foi o estudante mineiro Pedro Santos Guimarães, de 20 anos. Em 2007, foi para a Hungria participar do Campeonato Mundial de Cubo Mágico, espécie de quebra-cabeça tridimensional. Mas, no seu caso, sem patrocínio. Para pagar a viagem contou com o apoio de amigos e parentes. “Vendemos picolé, minha avó fez tapetes de crochê e alguns amigos lojistas deram um pouco de dinheiro também”, diz.





Na Hungria, Guimarães resolveu o cubo 3x3, o mais tradicional, em 16.67 segundos (veja Guimarães em competição).O tempo, excepcional para qualquer pessoa, foi considerado alto para um “cubista profissional” e lhe rendeu apenas a 33ª posição. O vencedor embolsou 5 mil euros.
“É como um esporte. Treino todos os dias pelo menos uma hora e meia”
Depois, Guimarães ajudou na organização do primeiro campeonato nacional, que aconteceu em Sumaré, no interior do Estado de São Paulo. Atualmente, é o primeiro do ranking e se considera viciado no passatempo. “É como um esporte. Treino todos os dias pelo menos uma hora e meia”, afirma ele, que é detentor também dos melhores tempos nas categorias 3x3 com uma mão e 3x3 vendado. Nesta última, conseguiu o recorde sul americano com 1’23 minuto (assista ao vídeo). “Para fazer vendado usamos um método diferente que só mexe algumas peças de cada vez. No início é um pouco difícil aprender, mas ajuda muito na concentração e no raciocínio lógico”, diz.
O País já teve três campeonatos de Cubo Mágico e o quarto será realizado nos dias 18 e 19 de julho na Universidade Católica de Brasília. À frente da organização está o cientista da computação Carlos de Alcântara, de 22 anos, cuja média de resolução do cubo é de cerca de 15 segundos (assista ao vídeo). “Estou focado para chegar à marca do Pedro”, ri.
"Achei que aquilo nunca ia entrar na minha cabeça, virou um desafio aprender"
A expectativa de Alcântara é que cerca de 50 pessoas participem da competição em julho. Um número modesto, mas, segundo ele, porque o jogo ainda é pouco divulgado no País. “Não é como futebol que todo mundo sabe”, justifica.

Fonte: Último segundo – IG

E aí......alguém se habilita a criar algum tipo de competição original?.......hehe

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